O primeiro grito saiu com força,
tanta força que quase explodiu no ar,
e aquele era só o primeiro de muitos gritos,
que nem o vento e nem a neblina
poderiam ser capazes de ocultar.
O segundo grito além de alto era raivoso,
era a verdade correndo solta para fora,
era a voz cortando o silêncio de novo
era a fera quem estava urrando agora.
O terceiro grito baixou três tons na última nota,
como se a dor cortasse a garganta num estouro das cordas vocais,
mas agora, do que adianta? Não posso nem pensar em voltar atrás,
Eu grito, e que meu grito acorde sua casa.
Eu grito, e grito,e que meu grito seja minha espada.
Eu grito, e grito e grito, e que meu grito corte as suas asas.