sexta-feira, junho 03, 2011

Devaneio na janela em 28 de maio;


Ás vezes gosto de me sentar perto da janela
e fechar meus olhos enquanto chove.
Gosto de sentir que a chuva pode nos
dizer coisas que não conseguimos
encontrar por nós mesmos,
como um sussurro de algo maior que não
compreendemos.

Ás vezes sinto meu corpo formigando enquanto penso,
enquanto sinto o vento frio, enquanto paro de sentir
as pontas dos dedos...

Ás vezes sinto que posso atravessar
a janela e mergulhar em outra dimensão
onde a calmaria tomará conta do meu corpo.

Ás vezes as árvores dançam com a brisa suave,
ás vezes eu consigo notar o
movimento da vida acontecendo tão perto,
que parece mentira quando descubro
que é assim todo dia,
mas eu não paro para observar.
Ás vezes eu descubro que não preciso
de nenhuma substância que me faça sentir viva,
ás vezes eu sinto que só preciso viver...