E de que lhe adiantaria todo o meu amor,
se mesmo de frente a este jamais
choraria ou se alegraria
se duvidaria a cada instante e
nos transformando em uma
inconstante nos desgastaria até o fim.
Você me culparia por não dizer o que quer ouvir, ainda
que tivesse certeza que tais palavras não mudariam quem somos,
e ainda seríamos os mesmos, cheios de palavras para
nos atrapalhar.
Mas confesso,
com letras miúdas no rodapé desse papel vazio:
Ah se eu soubesse, Ah se eu soubesse desde o ínicio
se eu soubesse que ser forte é ser sozinho,
talvez eu a teria abraçado,
abraçado toda aquela fraqueza em um gesto terno,
e agarrado a ela teria vivido todos aqueles dias,
e viveria todo dia, entre o céu e o inferno...