Pegou todo o dinheiro que tinha, e
embora fosse pouco, era o suficiente.
Pensou eu pegar um trem, ou quem sabe
se atirar na frente de algum.
Enquanto pensava no que fazer, esperava nos trilhos,
esperava por um milagre ou por qualquer coisa
que direcionasse seu pensamento para algo além
do que a atormentava.
Não demorou muito para ver, que naquele dia;
nenhum milagre a salvaria.
Imaginou então que os milagres fossem exatamente o contrário
do que sempre achou.
Será que os milagres são mesmos respostas?
''Milagres são respostas, não posso culpar a ninguém
por não me responder, se eu nada perguntar...''
Resolveu então ir de encontro ao seu tormento, pois este ja
a dominava.
Ao final daquele dia obteve a pior resposta, no pior lugar e da pior maneira.
Abriu seus braços para a dor, e aquela dor podia ser comparada
com um trem indo de encontro a um corpo frágil e ainda assim:
A dor da certeza não era pior do que a dor da dúvida.
Chorou por horas, sofreu por dias, lembrou por meses;
Até que finalmente não tinha mais motivos para lembrar-se.
Desde então sempre preferiu a certeza, e aprendeu
que esta faria milagres.
