quinta-feira, dezembro 08, 2011

Cavalos marinhos;

(Helena anda escrevendo
o que pensa, sem esperar que alguém a entenda.)

Meus cavalos marinhos
amanheceram mortos,
boiando na superfície do lago.
E toda a dor daquela cena
me fez correr para me salvar,
e me fez tremer
e me fez chorar
e me fez querer morrer, só para
parar de pensar em como
alguém teria coragem de matar
aquelas coisas tão lindas, de beleza tão singular,
beleza essa que se sonha em
encontrar, observar, adorar...
Homens, tão cruéis, me fizeram deixar de acreditar
em esperançosos cavalos marinhos livres para amar,
Agora, depois de tanto,
lagos me lembram a morte e ainda que o sol
brilhe forte eu nunca mais irei nadar.

(Homens, tão cruéis, me fizeram deixar de acreditar
em esperançosos cavalos marinhos livres para nadar,
Agora, depois de tanto,
lagos me lembram a morte e ainda que o sol
brilhe forte eu nunca mais irei amar.)