sexta-feira, julho 24, 2015

(...)

'-E a vida?
-Ah, é aquilo né, desvirando caixas pra ver se
o maldito gato está vivo ou morto'

sábado, julho 18, 2015

sexta-feira, julho 10, 2015

...

Um dia percebi que nada existia.
Nada que meus olhos humanos tão vorazes e famintos enxergavam, de fato, existia. 
O mundo que ali estava era apreendido pelos olhos da mente, 
computado por uma rede de instintos e experiências, desenhado quase 
que automaticamente pelo que eu conhecia como minha memória, como parte de mim e fim. 
Ali estava um filme. Um filme da tangível realidade, 
o filme da minha vida me cegando e me sugando. 
Eu, o espectador moribundo, mal percebia os pequenos sinais. 
Mas eles vinham, hora ou outra de canto algum e chegavam como flechas
incandescentes e incendiavam tudo. 
Acertavam em cheio 'o meio' queimando 
do centro as pontas, de dentro pra fora, aquilo e apenas aquilo 
ardia no verdadeiro Eu. As emoções incontroláveis, os estímulos ao acaso, aquilo que me atingia com uma força indescritível, 
sem nome, sem origem, sem motivo. 
Aquilo era a verdadeira visão, tudo o que aprendi sobre 'ver' estava errado. 
Cabe a mim agora, aprender o jeito certo...