Eu nunca havia dito isso,
mas naquela época eu tinha um plano.
E embora você não estivesse nele desde o início, assim que você apareceu,
você se não só se tornou parte daquilo tudo, como acabou se tornando
minha única meta.
Por que você é assim,
uma espécie de veneno doce, uma coisa que vicia e mata,
que consome e alivia,
algo que talvez se chame amor, mas isso eu nunca saberei.
Não sei como eu enxerguei flores, onde existiam desertos...
Eu nunca havia chorado tanto, mas chorei até
descobrir que com o tempo as
lágrimas não só perdem o por quê, como deixam de existir.
Eu nunca imaginei que era forte, até eu mesma
conseguir me por de pé depois
de tantos machucados e partir para o desconhecido.
Eu nunca pensei em mim mesma como alguém que
jamais sentiria dor novamente, mas aqui estou eu, invicta em um jogo
onde todo mundo perde o tempo todo.
Eu nunca desejei que voltasse,
ao contrário, eu contei os dias para sua partida, mas já que insiste no regresso,
não sou eu quem vai te impedir de andar por terras conhecidas, mas espero
que saiba que depois da primeira vez, eu morri e renasci outras milhares de vezes.
Enquanto você ainda é quem eu deixei para trás...
